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A região Sul Fluminense é uma das mais promissoras de nosso estado e vem atraindo cada vez mais empresas da capital e de outros estados que buscam um lugar que favoreça com incentivos fiscais, facilidade de escoamento da produção e boa localização para futuras expansões. Estes fatores estão contribuindo e colocando a região numa situação privilegiada, pois está se tornando um grande e promissor polo de investimentos industriais. A região sul Fluminense tem uma economia forte e diversificada com investimentos de indústrias de transformação na área siderúrgica, metalúrgica, construção civil, agropecuária leiteira, têxtil, de energia elétrica (hidrelétrica e nuclear) registrando-se também um crescimento do setor automobilístico.

Segundo dados da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - FIRJAN, podemos ressaltar que cinco cidades da região sul fluminense estão entre as nove do estado do Rio de Janeiro que compõem o grupo de municípios de alto desenvolvimento. Volta Redonda, Porto Real, Resende, Piraí e Angra dos Reis possuem o IFDM acima de 0,8, sendo que Volta Redonda ocupa a terceira posição no Estado, atrás apenas de Macaé e Niterói. Isto comprova mais uma vez que os investimentos na região vão aumentar muito mais.

O Sul Fluminense ocupa a terceira colocação entre as regiões que mais terão projetos de construção e expansão, sendo responsável por 6,7% do total de investimentos no Rio de Janeiro – são que somam R$ 14,1 bilhões, no período de 2012 a 2014. Além da implantação da Usina Nuclear Angra 3, Angra dos Reis também terá investimentos na ampliação do cais do Porto da cidade, para atender aos mercados ligados ao pré-sal. Resende também está em destaque, com a implantação da fábrica da Renault-Nissan de automóveis e a expansão da fábrica MAN Latin America. Além disso, Porto Real terá a expansão da fábrica PSA Peugeot Citroën, e Itatiaia a expansão da fábrica Michelin. Destacamos também que a Hyundai já está construindo a sua primeira fábrica fora da Ásia, no município de Itatiaia. Além disso, a cidade tem se tornado atrativa para as empresas do setor como a Procter & Gamble, Nova Unidade da Michelin, Rayovac, Paranapanema, Agis Distribuidora, VMI Group, MD Fire Extintores, Mundial Impala, Caldermec, Hyundai, DCL, Houters e seis transportadoras.

Apesar deste grande crescimento com expansão de indústrias e a chegada de outras empresas demonstra que é possível à região se transformar no maior polo de tecnologia, mas antes é preciso investir também na mão de obra qualificada para atender a toda esta demanda. A qualificação profissional nos dias atuais é um diferencial fundamental no momento de buscar e candidatar-se a uma oportunidade de trabalho, e quando falamos em qualificação, falamos em conhecimento, é aquele profissional que saberá o que fazer dentro da empresa, ou seja, deve chegar pronto e preparado para atuar diretamente na função e dar resultados.

A formação adequada tanto técnica ou superior para atender este crescimento tem que acontecer de forma crescente e rápida, pois muitas vagas de emprego estão abertas por não possuírem profissionais para preencher estas vagas. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, o Brasil precisará formar, até 2020, 95 mil engenheiros por ano para sustentar um crescimento econômico anual por volta dos 4%. Uma taxa de 2,5% exigiria mais de 70 mil engenheiros por ano. A nossa região está aberta a novas oportunidades e necessitando destes profissionais nas diversas áreas da engenharia (mecânica, civil, produção, eletrônica e outras.).

A formação técnica é uma das mais importantes e necessárias para o nosso país. Estudos mostram que quanto mais desenvolvida a nação maior o número de alunos nos cursos técnicos. Enquanto na Europa o percentual de estudantes na educação profissional atinge 49%, no Brasil ainda não passamos dos 10%. No ICT além de promover a capacitação profissional desenvolvemos em nossos alunos a autonomia intelectual, o preparo para enfrentar novos estudos, novos desafios, capacidade para trabalhar em equipe e solucionar conflitos. Formamos assim os profissionais com as caracterísiticas mais valorizadas pelas organizaçoes de nossa região e país.

Os países desenvolvidos apostam no ensino profissional por entenderem que, ao preparar sua força de trabalho para as demandas do setor produtivo, terão resultados diretos no crescimento econômico. E isso precisa ser feito no Brasil e, principalmente, em nossa região. Temos universidades e faculdades excelentes, como também escolas técnicas de alto nível, preparadas para promover este crescimento intelectual qualificado necessário na formação deste futuro profissional esperado.

A escolha pelas instituições qualificadas para este processo é de suma importância para a formação técnica/acadêmica do futuro profissional e na qualificação daqueles que precisam se requalificar ou até mesmo se reciclar para atender esta demanda. Enfatizo que a região sul fluminense é um grande potencial e temos que nos preparar já para garantir o futuro.

 

Claudio Alvares Menchise
Engº Mecânico – MBA-FGV
Diretor Geral ICT / FASF / IQP